quarta-feira, 7 de julho de 2010

Falando em Woody Allen...


Já que Whatever Works foi um dos pontos-chave pro início do blog, acho válida uma pequena análise do último projeto do cineasta americano.


Em Whatever Works, Woody está mais solto e não se leva tão a sério. Isso fica evidente na ousada, porém levemente falha narrativa em que o personagem principal Boris Yelnikoff, Larry David da série de TV da HBO Curb Your Enthusiasm, um físico atormentado por sua admitida e excessivamente arrogante genialidade, interage diretamente com o espectador. Em pequenos pontos ela funciona e gera risadas e seus pontos, em sua maioria fracos, podem ser facilmente ignorados. Na história a menina Melodie St. Ann Celestine interpretada de forma esforçada, em vezes demasiadamente forçada, por Evan Rachel Wood (Aos Treze, O Lutador e gata pacass), busca uma mudança da vida simples e bitolada que vivia no sul dos Estados Unidos mudando-se para Nova York. Ela se casa com Boris. A partir daí as viradas na história tornam-se a moral da mesma, logo acho melhor não revelá-las.


O filme trata de assuntos simples da vida cotidiana e da existência da raça humana como religião, saúde e relacionamentos de forma leve e em sua maioria, inteligente. O ponto forte do filme é a mensagem em si, sucintamente descrita como a beleza no fato da vida funcionar de uma maneira diferente para cada um. É bom ver Woody mais solto e sem aventuras hipertextuais, como em Melinda e Melinda, e não tão sério como em Match Point e também em Vicky Cristina Barcelona até certo ponto. O elenco é brilhante, no qual se destaca, sem dúvida, a mãe de Melody, a sulista cristã/fotógrafa descolada de Nova Iorque Marietta Celestine interpretada por Patrícia Clarkson (na foto, extrema direita) que também trabalhou com Woody em Vicky Cristina Barcelona.


No geral Whatever Works vale a pena pela mensagem e good vibe do filme até em suas horas mais pesadas.





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